Ás vezes penso se alguém sentiria a minha falta se eu deixasse de existir completamente. Todos querem moldar-me da maneira que acham mais justa e perfeita. "Olha aquele..."; "Olha este..."; "Não és nada sociável...". Meu professor disse-me que as palavras podem ser sentidas como muitas coisas: palavras doces, que nos envolvem em corações ou em algodão doce, ou palavras frias e rudes que simulam uma adaga espetada no coração. É exatamente o que sinto!... Uma adaga a perfurar-me as costas querendo que eu sucumba, que torne a minha alma em algo sem valor (se já não é). Depois de me dizerem isto, eu sento-me na relva verde e olho o pôr-do-sol... As lágrimas caem pelo meu rosto e olho para cima tentanto encontrar uma resposta "Alguém me chega a compreender realmente?"
Volto. Deprimida. Sem algo que me tenha segura de mim mesma. No entanto, dizem-me palavras de conforto e aconselham-me a não chorar. Estão a destruir-me, e eu a assistir sentada na primeira fila com o melhor lugar do espetáculo. Já não sei se tenho sequer forças para lutar contra a corrente. Tudo se estabelece contra mim. Tenho a sensação que todos me querem ver chorar. Dou-lhes esse prazer. Estou farta de ser forte, de viver assim. Quero pessoas que me compreendam e me ajudem.
No fundo, é só o meu medo da solidão a falar. Neste momento não sou a melhor pessoa para imaginar um futuro grandioso. Eu já nem sequer sei se sou capaz de dar largas ao meu pensamento...
O que é negro, é branco. O que é branco, é negro. Aos 16, vivo num mundo de confusões, em que, em vez de dar largas aos meus pensamentos, deixo que os sentimentos das hormonas adolescentes me dominem...!
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